29.10.16

Estas paredes cor de rosa, perdão, as minhas paredes cor de rosa, parte seis

mas claro que não era tudo perfeito, ou não estaria a contar esta história.
rapidamente percebi que gostava do trabalho que fazia mas não da forma que o fazia. achava acho eu. na minha cabeça eu achava que as coisas podiam ser melhores, que havia tanto espaço por onde as coisas podiam melhorar. tantos e se que gritavam dentro de mim à espera duma resposta. e então eu, como pessoa inquieta que sempre fui, não consegui ignorar essa urgência que sentia em experimentar coisas novas. se já tinha conquistado esta parte, porque não conquistar o resto? porque não tentar? curiosamente todas as tentativas que fiz saíram falhadas. todas as restias de esperança que podia ter eram completamente atiradas para o chão quando ouvia mais um não. e então eu parei. pensei que se calhar não era a altura para isso. que, se calhar, as coisas não precisam de ser sempre para ontem. que, se calhar, não devia querer já conquistar o resto. que, se calhar, aqui era onde eu devia estar.

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