31.1.16

Então e que tal essa aventura de viver sozinha?

hoje fiz carbonara com natas de côco na esperança de que não soubessem muito a côco. não estando péssimo, também não está lá muito bom.

Sabes que és uma pessoa crescida quando

a tua to-do-list inclui coisas como aspirar o chão, pôr a roupa a lavar, lavar os espelhos, passar a ferro.

Mas agora que penso nisso

este blogue faz seis anos daqui a duas semanas. c'um catano.

Manganet, obsessivo-compulsiva desde 2010

estava a atualizar a minha lista de livros lidos e apercebi-me que comecei a apontar as datas em 2010. passaram seis anos. seis-anos.

Esteja em que país estiver

bolachas com recheio de morango vão ser sempre as minhas preferidas.

29.1.16

Há poucas coisas que sabem melhor

Do que douradinhos depois de um dia da treta.

27.1.16

risqué chocolate quente

25.1.16

Daí-me forças senhor

o homem ao meu lado está há uns vinte minutos a falar ao telemóvel sem fazer uma única pausa para ouvir a resposta. Questiono-me se a outra pessoa estará a gostar do monólogo.

A pior parte de vir passar uns dias a Portugal

é que esses dias não se estendem pelo infinito dos tempos e, eventualmente, chega o dia de ir embora.

24.1.16

Mood

eu não quero voltar à vida dos crescidos.

22.1.16

Ups, I did it again

dormi até às quatro da tarde. Algum dia tinha de ser.

Não estou preparada

para voltar aquela coisa de ser um adulto responsável. esta vida de passar o dia no sofá de papo para o ar é demasiado apelativa.

03:08h

sinto que estou a entrar naquela depressão de fim de férias.

21.1.16

01:16h

acho que atingi o fim da internet.

20.1.16

Perguntaram-me se tinha saudades de portugal

e cada vez que essa pergunta surge [não são poucas] passam-me mil imagens pela cabeça. penso nos meus pais, na minha casa, no meu quarto, nas minhas coisas, nos meus avós, nos meus amigos, na minha [que já não é minha] faculdade, nas minhas estradas, nos meus passeios. penso em todas as ruas que conhecia de trás para a frente e que agora - embora ainda só tenham passado dois meses e pouco - já tenho de pensar duas vezes para me lembrar do caminho. lembro-me da sensação de poder ignorar o despertador e pensar amanhã voltamos a tentar. e depois lembro-me de coisas mais parvas, como este inverno que não é inverno nenhum, este frio que não congela e esta chuva que cai a direito. lembro-me do cheiro do shampoo que uso aqui, do barulho que autoclismo da casa de banho faz e de como as toalhas têm sempre a mesma textura. quando me perguntam se tenho saudades de portugal, a resposta nunca pode ser sim ou não. porque quando me perguntam se tenho saudades de portugal, para mim não é a isso que se referem, para mim portugal é tudo aquilo que deixei para trás. tudo aquilo que, embora não tenha perdido, deixou de ser tão meu. há uns tempos disseram-me que quando vamos embora é como se passassemos a ser espectadores das coisas das quais em tempos fizemos parte. na altura achei que era verdade, mas só hoje, depois de me ter despedido das minhas amigas pela segunda vez, percebi o quão verdade é. todas aquelas coisas que conversamos, aquela realidade que em tempo também foi a minha, tudo isso fica aqui, as amigas ficam aqui, está tudo na mesma. só tu é que não estás cá. a vida continua a girar. e tu aprendes a dizer adeus, ou até já, dás um abraço e um beijinho às amigas que te conhecem como já mais ninguém conhece fora deste país, engoles as lágrimas e respondes à pergunta com um há dias mais difíceis do que outros, mas está tudo bem.

19.1.16

First world problems

apaixonei-me por um perfume caríssimo. Um daqueles com um preço de três dígitos. Eu, que sempre comprei os meus perfumes na zara & derivados porque já achava que dar quarenta ou cinquenta euros por um perfume era um verdadeiro atentado contra a minha carteira. Mas depois peguei naquele e foi amor à primeira vista. E então decidi que o haveria de comprar com o meu terceiro ordenado, ou isto sou eu a tentar não me tornar naquelas pessoas que a partir do momento em que começam a receber um ordenado começam logo a esbanjar tudo por aí sem pés nem cabeça. Eu mantenho-me fiel à minha poc. Risos.

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vida difícil: estou a tentar decidir se me levanto e vou ver televisão para a sala ou se durmo mais um bocadinho.

Começo a ponderar

acho que depois destas férias me vou demitir, voltar para Portugal e fazer a minha vida toda nesta cama.

O meu pai informou-me que vão mudar a box aqui de casa para outra mais recente

o que significa que tenho uma semana para ver 60 episódios da telenovela.

Eu achava que tinha vindo a Portugal matar saudades da família e dos amigos e essas coisas todas

mas afinal vim fugir do frio e engordar uns quilos.

17.1.16

O dramatismo dos portugueses em geral

juro que estas pessoas não sabem o que é frio até irem viver para norte da europa. a sério, eu também não sabia. eu também era uma dessas pessoas ingénuas que se sentia prestes a congelar quando a temperatura atingia os sete graus.

14.1.16

De volta a casa por uns dias

de volta à minha cama ao fim de dois meses e meio. Já me tinha esquecido do quão confortável era este colchão. Acho que só saio desta cama quando for para ir embora.

Das melhores coisas que tenho vindo a aprender

« learn how to love the things you hate. »

13.1.16

Passe o tempo que passar, a sensação é sempre a mesma

FÉRIAAAAAAAAAAAAAAAAAAS!!!!

Sabes que ainda não estás a dormir há tempo suficiente

quando o despertador toca e o saco de água quente ainda está quente.

Não percebo

os motoristas dos autocarros desta cidade têm de começar a fazer as curvas mais devagar. ou tenho a sensação que em portugal as curvas não te tentam atirar com tanta força para fora do banco.

11.1.16

Esta coisa de acordar às três e meia da manhã para ir trabalhar

faz com que às nove da manhã eu sinta que estou pronta para almoçar.

10.1.16

Manganet vivendo sozinha

está na altura de experimentar fazer arroz de peixe.

9.1.16

Vocês sabem lá

estou na sala a usar o computador, melhor, a internet. ah, o conforto.

A vida a melhorar aos poucos

habemus internet.

8.1.16

8 de janeiro

costumava ser aquela altura do ano em que andava com os horários de perna para o ar e só saía de casa quando tinha de ir à faculdade fazer um exame.
À falta de internet que me dê para ver filmes ou livros para ler, uma pessoa sempre tem os últimos dois meses e meio de blogosfera em atraso.

Esta vida sem internet

as saudades que eu tenho de ver um filme.

Estavam à espera de outra coisa?

tenho uma lista de coisas para trazer comigo da próxima vez que for a portugal.

Ainda as 100 coisas que me fazem feliz - para não esquecer

1. ver a noite a cair no rio
2. abraços da mãe
3. camisolas de malha
4. a internet
5. ouvir música nos transportes
6. pessoas a cantar nas estações do metro
7. dias gelados mas com sol
8. acordar sem despertador
9. o cheiro da tinta do cabelo
10. uma cama fofinha com edredon
11. gelados
12. dias de praia
13. o cheiro do protetor solar
14. pudim
15. gomas
16. ver um bom filme no cinema
17. glee
18. anatomia de Grey
19. o cheiro da casa da minha irmã
20. fotografias antigas
21. o som da casca das castanhas a partir
22. estar em Londres
23. ler antes de dormir
24. receber postais
25. receber cartas
26. escrever cartas
27. post its
28. mensagens de bom dia
29. estar sozinha em casa
30. acordar e ficar a ouvir a [boa] música dos vizinhos na cama
31. músicas de natal
32. pessoas simpáticas, em geral
33. surpresas
34. frozen yogurt
35. dizerem-me que um bolo ficou fantástico.
36. dar uma prenda perfeita a alguém.
37. conduzir.
38. batatas fritas.
39. descalçar os sapatos depois de um dia inteiro de trabalho
40. dormir em conchinha com o saco de água quente
41. acordar e não ouvir o vento
42. internet rápida
43. ouvir pessoas aleatórias a falar português na rua
44. taxistas que ligam o rádio
45. chão alcatifado
46. não ter de pensar no que vou vestir

Manganet pergunta

quando tempo temos de viver num sítio até começarmos a olhar para ele como nosso?

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há não muito tempo adorava os dias em que acordava e sabia que ia ter a casa só para mim até à noite. havia qualquer coisa de apaziguador em saber isso, em ouvir aquele silêncio e ter o sofá só para mim. adorava esses dias. aquela solidão absoluta. mal eu sabia que aquela solidão, de absoluta, não tinha nada.

Desespero

preciso de comprar um segundo saco de água quente.

Nunca perde a piada

ler as minhas publicações antigas. Este blogue foi só uma das melhores decisões que já tomei na vida.

Só para ficar registado

amanhã é o meu primeiro dia de folga em que não tenho uma viagem marcada nem tenho montar uma casa, pelo que me parece legítimo que os meus planos sejam dormir até recuperar todas as horas de sono perdidas, vestir uma roupa confortável, sair de casa e ir caminhar e conhecer mais coisas para além do caminho até ao aeroporto. Ah! e tirar fotografias bonitas.

Pelo menos fiquei a conhecer as redondezas

saí na paragem errada do autocarro. Liguei o gps e quando avistei a paragem certa achei que já sabia o resto do caminho e desliguei-o. Fui pela rua errada e só me apercebi quando cheguei a um beco sem saída. Voltei a ligar o gps. Cheguei a casa ao fim de cerca de quarenta minutos de caminhada. Estavam três graus na rua e eu não tinha nem cachecol, nem luvas, nem tão pouco roupa suficientemente quente.

1.1.16

Desenganem-se

o pior do inverno não é o frio. É o vento. Em conjunto com o frio.

Primeiro dia do ano

e já estou a duas horas de ter uma direta em cima.