1.9.12

Descansem minha gente, a toalha do Pedro Abrunhosa não cheira mal!

Só depois de estar a lutar por ela no meio da multidão é que caí em mim e pensei ok, isto deve estar nojento mas decidi continuar na minha luta do puxa aqui, puxa ali armada em mega fã. A toalha foi dividida ao meio por um senhor simpático que se materializou ao pé de nós vindo de não sei onde e disse, com o ar mais feliz que conseguirem imaginar, vão dividir a toalha ao meio? ao que nós respondemos gostávamos muito. O senhor simpático, ainda no auge da sua felicidade sai-se com um alguém tem uma tesoura? e a multidão à volta olhou especada para ele porque é que alguém haveria de ter uma tesoura num concerto? nisto, Manganet decidi rever a sua lista mental de objetos cortantes: um corta-unhas, alguém tem? ninguém. Materializa-se então um outro senhor simpático que estava claramente a achar piada à situação: uma chave é capaz de dar, vamos tentar! Então, o primeiro senhor simpático pega na chave e fura a toalha, mesmo no meio. Depois, é ver os dois senhores simpáticos a puxarem desalmadamente a toalha, um de cada lado, para a tentarem rasgar. No fim, tomem lá meninas! Manganet pega na sua metade de toalha, feliz que nem imaginam depois de ter realizado praticamente o seu objetivo de vida, e regressa ao seu lugar. Nisto tudo, está Pedro Abrunhosa a cantar Momento e, vocês sabem, uma toalha no chão, é o que diz a música. Manganet não pensa duas vezes no assunto, levanta a toalha no ar e dá um grito de mega fã. No meio da multidão a cantar afinada, ainda ouvi uma ou duas pessoas a rirem-se da minha reação. Ficou então Manganet com uma toalha na mão [olhem lá que estou a rimar!], decidi prendê-la na alça da mala até ao fim do concerto. No fim, enchi-me de coragem e levei a toalha até ao nariz, tal não é a minha surpresa quando vejo que a toalha não só não cheirava mal como ainda cheirava particularmente bem.

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