7.7.13

A color run de ontem em versão "mais do que uma linha"

os 5 km mais felizes do planeta para mim foram muito mais do que 5 km. Digo, literalmente. Foram para aí uns 8, se não mesmo mais. Foram também muitas horas de pé à espera. Primeiro, à espera do combóio*, depois, na linha de partida à espera da nossa vez. A alteração do horário revelou-se essencial e à hora a que partimos já não estava aquele calor-abrasador-insuportável, já estava só um calor-abrasador. A animação na linha de partida foi um espetáculo. Era só bom humor ali à volta. O pessoal sempre a dançar, a cantar, a saltar, a bater palmas. As pessoas que estavam a participar na corrida eram todas impecáveis. Havia grupos de pessoas que faziam coisas engraçadas ao longo do caminho e sempre dava para nos rirmos mais um bocado. Um dos grupos de vez em quando começava a gritar chinelo, chinelo, chinelo. Ok, não dá para perceber a entoação com que estavam a fazer isso, mas era o suficiente para porem toda a gente a mexer. Outro, sempre que alguém pegava num telemóvel ou numa máquina fotográfica, gritavam olhá fotoooooo! e iam a correr para se juntarem à fotografia das pessoas. Tenho uma assim, ainda que um bocado desfocada porque com tanta gente a querer entrar na fotografia não deu para mais. Havia ainda um rapaz que ia com um borrifador de água a borrifar o pessoal, sabia mesmo bem. Ah, e como me podia esquecer, havia um outro grupo que corriam durante um minuto. Lá iam eles, a correr, e a fazer uma contagem decrescente alto e bom som desde 60 até 0. Quando chegavam ao zero, festejavam e começavam a caminhar. Passado um bocadinho lá iam eles outra vez. Os voluntários eram impecáveis. Nos check points (os corredores onde nos atiravam com a tinta para cima) estavam sempre a cantar e a dançar enquanto nos pintavam e sempre a dizer para saltarmos e a gritar qual é a melhor cor???. Pela primeira vez na minha vida rebolei numa estrada. As pessoas que nos viram a fazer isso bateram-nos palmas. Obrigada obrigada. Como só partimos quando já passava das oito da noite, a meio do percurso já era de noite e portanto tivemos um agradável passeio norturno pelo parque Tejo, que é como quem diz aquilo ali ao pé do parque das nações. Foi pena que, por ser de noite, as cores não se notassem tão bem, mas não se pode ter tudo e eu prefiro não ter uma ensolação. Não ficámos muito tempo na festa final porque a fome já apertava, que é como quem diz os nossos estômagos já não paravam de roncar mas o tempo que lá estivemos deu para assistir a dois color blasts, um dos quais ficámos de fora para filmar e no outro fomos ter o nosso banho de cor. O pó tinha um cheiro ligeiramente esquisto mas era a coisa mais suave do mundo, adorei a sensação de ter uma mão cheia daquilo. Saímos de lá e fomos para o mcdonald's aberto 24h. Apesar de não ser propriamente lá ao lado, estava cheio de color runners e estivemos uns bom 35 minutos na fila à espera para sermos atendidos. Azar. Foi o mcdonald's mais colorido de Lisboa!

*que nunca conseguimos apanhar, acabámos por chamar um táxi ao fim de mais de uma hora à espera.

PS: em relação a esta questão, só tenho uma coisa a dizer: película aderente salva vidas. Ou, pelo menos, salva telemóveis. O meu nexus-amor está impecável.

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