29.12.10

Branca como a neve, vermelha como o sangue

« - Não abras os olhos - diz-me, como se suspeitasse de algo.
- Não abro.
- O que viste?
- Nada.
- Concentra-te.
- E tu, o que viste? - pergunto-lhe, curioso.
- Tudo aquilo que tenho.
- De que cor é?
- Vermelho.
- E o que é?
- O amor que recebo. O amor é sempre um dívida, por isso é vermelho.
(...)
- E tu, Leo, o que viste?
- Branco.
- De olhos fechados?
- De olhos fechados.
- E o que é?
- ...
- E então?
- Tudo aquilo que não tenho. O amor é sempre um crédito, que não vai ser saldado... »

Sem comentários:

Enviar um comentário